Lojistas do shopping Center Norte recorreram ontem a brindes, telemarketing, divulgação de coquetéis e até a taças de champanhe para atrair novamente os clientes.
O shopping, interditado nesta semana pela prefeitura por risco potencial de explosão, reabriu ontem após ficar dois dias fechado.
"Para nós é como se fosse uma reinauguração", afirma Mila Chacon, 34, gerente de uma loja de roupa feminina.
Além do champanhe, ela encomendou bolo, tortas, salgadinhos e flores para decorar a loja. Também investiu em telemarketing. "É uma forma de dizer:
venham, nós precisamos de vocês", diz.
Pouco à frente, em uma loja de cosméticos, vendedoras refaziam a lista de pedidos por mercadorias e convidavam clientes para um coquetel na próxima semana.
"Precisamos chamá-los de volta, senão migram para outras lojas", disse a vendedora Vera Lúcia Milliet, 48.
Mas nem todos tiveram tempo de organizar tudo. Por volta do meio-dia, vitrines de algumas lojas ainda estavam quase vazias.
MARKETING
Lojistas criticaram a falta divulgação da reabertura.
A cliente Sueli Molterani, 58, soube da reabertura pelos jornais. Foi ao shopping, mas fez ressalvas: "A gente fica com receio, dá um pouco de medo."
A direção do Center Norte disse que estuda estratégias de marketing para retomar os clientes. O shopping afirma ainda que aluguel e condomínio referentes aos dois dias em que ficou fechado não serão cobrados dos lojistas.
O shopping foi construído sobre um lixão aterrado. Segundo a Cetesb (órgão ambiental paulista), havia acúmulo de gás metano, que é inflamável, no subsolo.
Nos dois dias em que ficou fechado, o shopping inaugurou o sistema de drenos para bombear o gás. Anteontem, a Cetesb afastou riscos e a prefeitura liberou o local.
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