Header Ads Widget

Responsive Advertisement

Rixa de torcidas mata garota em Goiânia


Os confrontos entre torcidas organizadas vitimaram mais uma pessoa em Goiânia (GO). A estudante e torcedora do Goiás Pamella Munike Gonçalves Volpato, de apenas 17 anos, morreu após tomar um tiro na cabeça quando voltava de uma festa junto do seu namorado, na noite do último domingo (6). A polícia ainda estuda a causa do assassinato, mas tudo indica que tenha derivado da rixa entre a uniformizada esmeraldina Força Jovem, da qual Pamella era associada, e a Sangue Colorado, facção do rival Vila Nova. A garota foi enterrada nesta segunda (7), vestindo a camisa da Força Jovem e com uma bandeira do Goiás sobre o caixão.

De acordo com amigos e a própria polícia, o tiro não era destinado a ela e sim para o namorado Wallison Nogueira, de 18 anos, conhecido como Zoião. Fotografado ao lado de um caixão com o símbolo do Vila Nova, em alusão à iminente queda para a Série C da equipe, a imagem do indivíduo teria se espalhado pela internet, gerando revolta nos rivais. Além disso, o objeto mostrava, supostamente, nomes de torcedores do Tigrão já mortos em brigas anteriores.

Uma mensagem na página pessoal do rapaz no Facebook já o ameaçava de morte.  “Isso eu já sabia (queda do Vila), mas se cuida, essa cova tem quatro gavetas, uma delas é de vocês”. Na página do Twitter de Pamella, vários posts ofensivos à equipe colorada comprovam a rivalidade acirrada. Inclusive, a última mensagem, postada no dia anterior à sua morte, diz “#VilaRosaSerieC”.

Torcedor esmeraldino, Walter Gonçalves, pai de Pâmela, também gostava de ir ao estádio. Porém, a indignação com o assassinato brutal da filha apagou qualquer sentimento de apego ao esporte. “Eu vi minha filha no chão, morta... Queria estar no lugar dela, não queria que fosse ela. Eu perdi o que eu mais amava no mundo por causa de um time de futebol”, declarou, visivelmente abalado, em entrevista à TV Anhanguera.

INDIGNAÇÃO DE AMBOS OS LADOS

A Sangue Colorado, torcida organizada fundada em 2010, formou-se por membros dissidentes da Esquadrão Vilanovense, principal uniformizada do Tigrão. Em comunidades de torcedores no Orkut, tanto esmeraldinos quanto colorados classificam a Sangue como “torcida de covardes”. Um membro da Força Jovem Goiás  denominado P.H. culpa a organizada pelas brigas envolvendo armas de fogo em Goiânia e a trata como “ganguezinha que mata mulher em dia de festa”.

A capital goiana se destaca negativamente pelo elevado número de confrontos entre torcidas, não somente locais, como também de clubes paulistas e cariocas, assim como Belém (PA) e Maceió (AL), tratadas pelos próprios uniformizados como “terras de ninguém”.

Postar um comentário

0 Comentários