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Polícia pede prisão de sete por morte de palmeirenses em briga em SP


Decradi informou ter feito pedido nesta terça (29) à Justiça de São Paulo. Delegado disse que concluiu inquérito sobre briga de torcidas em março.

A Polícia Civil de São Paulo pediu nesta terça-feira (29) à Justiça a prisão preventiva de sete corintianos suspeitos de envolvimento na briga de torcidas organizadas marcada pela internet que resultou na morte de dois palmeirenses em 25 de março deste ano. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu o inquérito nesta tarde. A peça tem nove volumes e 2.057 folhas.

De acordo com o relatório enviado ao Fórum de Santana, na Zona Norte, todos os sete investigados foram indiciados (responsabilizados formalmente) pelos crimes de duplo homicídio, lesão corporal e formação de quadrilha.

Segundo o delegado Arlindo José Negrão Vaz, titular da Decradi, o confronto entre as torcidas Gaviões da Fiel, do Corinthians, e Mancha Alviverde, do Palmeiras, era de conhecimento dos seus membros.



"Mas os corintianos envolvidos assumiram o maior ônus dessa disputa, pois estavam dispostos a matar um palmeirense para vingar a morte de um corintiano no ano passado”, afirmou o delegado Arlindo Negrão ao G1, se referindo ao assassinado de Douglas Karin Silva, da Gaviões, em 2011. O corpo dele foi encontrado no Rio Tietê, na capital paulista, após confronto agendado entre corintianos e palmeirenses.

Para a investigação, no conflito de março deste ano na Avenida Inajar de Souza, na Freguesia do Ó, Zona Norte, os corintianos mataram por vingança dois sócios da Mancha: Andre Lezo, com um tiro na cabeça, e Guilherme Moreira, com golpes de barra de ferro. Um outro sócio da torcida palmeirense foi baleado na perna, mas sobreviveu.

Até a publicação desta reportagem o Ministério Público e a Justiça ainda não haviam recebido o inquérito concluído, com o relatório e os pedidos de prisão. A Promotoria irá se manifestar se é contrária ou não à solicitação da Decradi, mas caberá a Justiça decretar ou não a prisão. Caso determine a preventiva, os suspeitos ficarão presos até um eventual julgamento.

Pedidos de prisão
A polícia pediu a prisão preventiva de Antonio Alan Souza Silva, o Donizete, presidente da Gaviões, que chegou a ficar preso temporariamente, mas foi solto pela Justiça na segunda-feira (28) após seus advogados entrarem com um pedido de liberdade provisória.

Também foram pedidas a conversão da prisão temporária para preventiva de dois corintianos que estão detidos atualmente: Reinaldo Gilberto Alves, o Adé; e Mário Batista, o Magoo. O ex-presidente da Gaviões, Douglas de Ungaro, o Metaleiro, que está preso temporariamente com os outros corintianos não teve a prisão preventiva pedida. Nesse caso, como o prazo da detenção dele vence na sexta-feira (1º de junho), ele deverá ser solto neste dia.

Os outros pedidos de preventiva foram para quatro corintianos que tiveram anteriormente a prisão temporária decretada pela Justiça, mas como não se apresentaram são considerados foragidos: Wagner da Costa, o BO, vice-presidente da Gaviões; e outros com os apelidos de Neguinho, Ninja e Pererê.

Palmeirenses indiciados
O presidente e o vice-presidente da Mancha, respectivamente, Marcos Ferreira, o Marquinhos, e Antonio Rafael Scarlatti Felippe, e outros dois sócios da torcida organizada já haviam sido indiciados por formação de quadrilha por participação na briga de março.

Segundo a Decradi, eles também tinham conhecimento do confronto. Apesar disso, a polícia não pediu nesta terça à Justiça a prisão deles, que respondem ao inquérito em liberdade.

O inquérito que apura os responsáveis pela morte de Douglas Silva já tinha sido concluído, mas voltou para a Decradi após pedido do Ministério Público para mais diligências. Três  palmeirenses foram indiciados pelo homicídio, entre eles, o então vice-presidente da Mancha, Lucas Lezo, e o seu irmão, Tiago Lezo - gêmeo de Andre, morto em março. Lucas está preso por outro crime, posse ilegal de arma. Já Tiago foi solto.

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