Mesmo no meio da turbulĂȘncia das bolsas internacionais, o executivo-chefe da Bolsa de Nova York (NYSE Euronext), Duncan Niederauer, manteve sua visita ao Brasil, programada hĂĄ cerca de dois meses, e se encontra nesta semana com empresas e investidores brasileiros para atraĂ-los para a Bolsa norte-americana, segundo organizadores do evento promovido hoje no Rio.
Hoje, em palestra no PalĂĄcio da Cidade sobre "A importĂąncia do mercado de capitais e de sĂłlida governança corporativa como catalisadores do crescimento econĂŽmico", Niederauer lembrou que hĂĄ 29 empresas brasileiras listadas na NYSE, sendo Vale e Petrobras entre as dez mais lĂquidas da bolsa. De acordo com ele, economias emergentes como o Brasil vĂŁo ser incrivelmente importantes para a economia mundial.
"Viemos para ficar", afirmou a uma plateia com executivos de grandes empresas como Embratel, MMX e Dasa. "Estamos comprometidos com o Brasil, focados em Brasil, queremos fazer parte do crescimento do PaĂs."
Segundo o diretor executivo da Rio NegĂłcios, Marcelo Haddad, que recepcionou o executivo da NYSE para a palestra hoje, Niederauer aproveitarĂĄ a passagem por Rio, SĂŁo Paulo e BrasĂlia nesta semana para conversar com empresĂĄrios e investidores. Esta seria uma tentativa de motivar empresas que estĂŁo abrindo capital no PaĂs a operar tambĂ©m no exterior. Entre os possĂveis interesses estariam inclusive empresas mĂ©dias. Na agenda, estĂŁo encontros com empresĂĄrios e representantes do mercado de capitais.
A visita estĂĄ marcada hĂĄ cerca de dois meses e a Rio NegĂłcios e a Secretaria de Fazenda do Rio chegaram a achar que Niederauer cancelaria o evento depois do derretimento dos mercados mundiais apĂłs o rebaixamento dos tĂtulos da dĂvida americana pela Standard & Poor''s (S&P), hĂĄ dez dias. "A vinda dele apesar disso Ă© uma demonstração eloquente sobre o interesse, do meu ponto de vista", afirmou Haddad.
AtĂ© o fim do ano a Rio NegĂłcios vai retribuir a visita e irĂĄ a Nova York promover a capital fluminense. Segundo o CEO da NYSE, diante das perspectivas para o Rio nos prĂłximos cinco a seis anos, incluindo a Copa do Mundo de 2014 e as OlimpĂadas de 2016, nĂŁo havia momento melhor para se reunir na cidade. Para ele, o Rio jĂĄ Ă© um centro de pesquisa e desenvolvimento e estĂĄ se tornando um centro tambĂ©m de investimentos.
Para ele, ao se tornar um polo de asset management, o Rio poderia atrair outros segmentos financeiros para a cidade, como corretoras e bancos de investimentos. Ele citou o exemplo de Boston, forte em assets, e disse que Rio poderia complementar SĂŁo Paulo assim como Boston complementa Nova York.
Ele lembra, no entanto, que vårias partes do mundo estão crescendo. Entre os mercados citados como promissores, além de Brasil, estão Chile, Peru, ColÎmbia e Filipinas. A NYSE estå em processo de fusão com a alemã Deutsche Boerse.
0 ComentĂĄrios