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Complexo do Alemão terá UPP em março, diz Beltrame


O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, anunciou nesta quinta-feira (8) a instalação de nove bases administrativas da UPP (Unidades de Polícia Pacificadora) no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, em março do próximo ano. A declaração foi feita durante entrevista concedida à rádio CBN.

Segundo Beltrame serão deslocados 2.200 homens até junho de 2012. “Vamos entrar de maneira parcelada, inicialmente com 500 homens já no início do semestre do ano que vem", disse.

Hoje, também foi anunciado que os militares da Força de Pacificação do Exército que atuam na ocupação do Complexo do Alemão vão contar com o apoio de sociólogos, antropólogos e psicólogos para ajudar a melhorar o relacionamento com a comunidade. Desde o início da semana, moradores têm reclamado da truculência dos militares durante as abordagens. Na sexta-feira, houve um sério confronto entre traficantes, policiais e moradores no Complexo.

Questionado sobre o preparo do Exército nas operações com a polícia, Beltrame afirmou que pretende manter a cooperação com os militares. “A participação do Exército está sendo decisiva, eles fazem um trabalho concreto. Precisamos de atitude no campo e isso o Exército consegue fazer muito bem, não podemos abrir deste parceiro”, declarou.
O secretário também destacou resultados obtidos pelas operações realizadas. “Os benefícios do UPP são imensamente maiores que quaisquer problemas que enfrentamos, centenas de pessoas já não estão mais na mira de um fuzil."

O que antes era apenas uma diretriz na abordagem de policiais militares lotados em Unidades de Polícia Pacifiadora (UPP) virou “regra” a partir desta quinta-feira (8). Para o comandante das UPPs, a frente o projeto de pacificação desde julho do ano passado, coronel Robson Rodrigues, a utilização de câmeras em revistas realizadas pelos policiais é “fundamental”.

“A abordagem será feita com câmeras. Todas as UPPs têm uma câmera, cada supervisor tem a sua. Algumas das viaturas tem uma câmera para filmar ações que são mais conflituosas. A determinação foi feita, pois não queremos penalizar a todos. Devemos identificar quem esteja prejudicando o trabalho de pacificação, seja civil ou militar”, diz Rodrigues

As câmeras, que ficam com os supervisores, são portáteis. Para o coronel, durante um tumulto, muitos se valem de uma multidão ou conflito para manter o anonimato. “Vamos filmar as ações, assim não haverá anonimato. Vamos pode saber de fato quem causa determinado distúrbio, mais uma prova do policiamento que é realizado. Será uma espécie de prova para o militar sustentar as sua alegações em uma abordagem”, ressalta.

As câmeras estavam nas UPPs desde o início do ano, mas não eram utilizadas porque não era comum que os policias as levassem em operações da Polícia Militar em comunidades.

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