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Após pedidos da mãe, traficante se entrega na Rocinha


Um traficante que estava foragido havia 13 dias se entregou voluntariamente na tarde desta segunda-feira, na favela da Rocinha (zona sul do Rio), após pedidos da sua mãe. A atitude de Aroldo do Santos, 31, que cumpria pena em Niterói por associação ao tráfico, foi aplaudida por moradores da comunidade.

Segundo o rapaz, ele quer cumprir a pena e cuidar da família. "Eu moro aqui desde criança, sou cria da comunidade. Estou me entregando porque tenho um filho pequeno e quero cumprir logo minha dívida", disse ele.

A mãe de Aroldo disse ter convencido o filho. "Ele é um menino de ouro, mas se misturou com más companhias", disse ela.

A Rocinha

Para o subtenente do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio), Marco Antonio Gripp, a iniciativa deve servir de exemplo. "Essa é uma forma de levar uma mensagem para a comunidade da Rocinha; ele quer retomar a vida decente de cidadão e vai ser retornado à unidade de onde estava foragido", disse.

O clima na favela é de aparente tranquilidade nesta segunda-feira. Hoje, cerca de 1.500 policiais, entre militares e civis, fazem varredura em partes da favela que foram denunciadas por moradores como abrigo de criminosos.

A Polícia Civil disse que já recebeu mais de 30 denúnciais anônimas, mas ninguém foi preso até o momento.

"Nós sabemos que há marginais dentro da comunidade", disse o subtenente Gripp.

Hoje, foram apreendidos cerca de 65 carros e motos que teriam sido roubados ou furtados, incluindo uma Toyota Hilux. Também foram apreendidos administrativamente 80 veículos sem documentos ou placa.

Segundo o delegado Alexandre Magalhães, a maioria dos veículos foram roubados na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

Informações sobre o paradeiro dos procurados podem ser passadas ao Disque-Denúncia pelo 0/xx/21/2253-1177. O anonimato é garantido.



OPERAÇÃO

Neste domingo (13), no primeiro dia da chamada Operação Choque de Paz --que resultou na ocupação das favelas da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu--, 38 armas foram apreendidas --entre elas 20 pistolas e 15 fuzis--, além de rojões, granadas e drogas. Quatro pessoas foram presas.

A grande quantidade de munição apreendida chamou a atenção: foram 16.066 balas para armas de diversos calibres. Também foram apreendidos máquinas caça-níqueis e drogas --112 kg de maconha, 80 tabletes de maconha 60 kg de pasta base de cocaína.

A ocupação nas favelas da Rocinha e do Vidigal, dominadas pelo tráfico há mais de 30 anos, ocorreu na madrugada de domingo, sem que tiros fossem disparados. Criminosos espalharam óleo nas ruas e montaram algumas barricadas para dificultar o acesso dos policiais, mas não houve confrontos.

A operação, com 3.000 homens e blindados da Marinha, ocorreu um ano após a do complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, quando a polícia apelou para o improviso e registrou ao menos duas mortes, entre as quais a de um inocente que entregava o convite do primeiro aniversário do filho.

O governo do Estado informou as forças de segurança dominaram as comunidades em aproximadamente duas horas.

A operação faz parte dos planos do governo para a 19ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) e de ter toda a cidade sem áreas dominadas pelo tráfico até 2014, ano da Copa.

"Estamos mudando um paradigma e libertando essas comunidades do jugo do tráfico", disse ontem o secretário da Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.


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