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Família vai à polícia contra médicos que não diagnosticaram apendicite


A família da adolescente Bruna Natália Lopes Bardão, 16, morta na última terça-feira em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) foi à polícia registrar ocorrência em que acusa médicos pela morte da jovem.

Segundo Ari Vital Bissoli, tio da adolescente, Bruna foi levada ao Hospital São Francisco quatro vezes --a primeira em 31 de julho e a última, no dia 10 de agosto-- e só no último atendimento foi constatado que a jovem, que sentia fortes dores na barriga e tinha inchaço abdominal, sofria de apendicite.

"Na primeira vez, fizeram exames e diagnosticaram infecção de urina. Como os remédios não faziam efeito, ela voltou ao hospital e mandaram seguir com o tratamento. Na terceira vez, no dia 9, passou em um nefrologista que disse que não era infecção e a encaminhou para o plantonista. Foi orientada a mudar de medicação, tomou uma injeção e voltou para casa, mas não conseguiu dormir e foi levada pela mãe pela última vez no dia 10."

O tio disse que ela fez tomografia por volta das 14h e, três horas depois, passou por cirurgia. Quatro dias depois, ela morreu.

"Não estamos indignados com a cirurgia, mas com os plantonistas que não identificaram uma apendicite. Ela passou por ao menos quatro profissionais antes da cirurgia. Até o delegado ficou surpreso e comentou como isso poderia ocorrer em pleno século 21", disse.

A mãe da jovem, Ana, tem tomado remédios para conseguir dormir --Bruna era filha única. "Não queremos indenização, mas não queríamos que esses médicos fizessem isso com outras famílias."

A Folha não conseguiu ouvir neste sábado o delegado do 3º DP (Distrito Policial), onde a ocorrência foi registrada.

OUTRO LADO

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o Hospital São Francisco informou que está realizando uma "apuração minuciosa dos fatos".

Ainda conforme a nota, o São Francisco "lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com a família". A assessoria disse, ainda, que o hospital não foi notificado pela polícia.

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