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Diretora de jornal relata agressão sofrida em canavial de Guaíra (SP)


A diretora do semanário "O Jornal" de Guaíra (432 km de São Paulo), Monize Taniguti, 30, diz ter sido agredida por três homens em um canavial da cidade na manhã deste sábado (1).

Segundo seu relato, Monize tinha ido buscar 2.000 exemplares do periódico em uma gráfica de Barretos (423 km de São Paulo) quando foi feita refém na chegada a Guaíra. Todos os exemplares foram levados pelo trio.

Foi registrado um boletim de ocorrência e a Polícia Civil informou que o caso começará a ser investigado nesta segunda-feira (3).

Monize assumiu a direção do jornal há quatro meses e decidiu alterar a linha editorial, com conteúdo voltado a denúncias, no geral. "No canavial, eu era agredida. Eles diziam que aquilo era para eu aprender com quem estava mexendo", afirmou neste domingo à Folha.

De acordo com a diretora, a reportagem principal que estava publicada nos exemplares levados era sobre a doação de um terreno avaliado em R$ 1,9 milhão pela prefeitura para a construção de uma faculdade particular. No local, funcionava uma encubadora de empresas.

Em outra matéria, Monize apontava uma suposta fraude ocorrida na eleição do sindicato dos servidores local. Ela afirmou que já pediu novamente a impressão dos jornais e que, desta vez, irá distribuir 5.000 exemplares na cidade, com uma página em que irá relatar a agressão.

O delegado Evandro Abrão Nacle disse que o caso pode ser investigado pela Delegacia da Mulher.

A AGRESSÃO

Monize afirma que estava dirigindo na rodovia Assis Chateaubriand quando foi cercada por dois carros, um Gol e Strada.

Segundo a jornalista, ela diminuiu a velocidade do veículo e foi para o acostamento. Nesse momento, o passageiro do Gol desceu e, armado, entrou no carro de Monize.

"Ele mandou eu ir ao banco de passageiros e tomar um remédio, não sei o que era. Puxou meu cabelo e me fez engolir", disse. A pílula fez a jornalista perder os sentidos parcialmente. Durante o percurso, era agredida com socos no braço, segundo a diretora.

Depois, no canavial, a diretora foi obrigada a descer do carro e a permanecer de joelhos. Enquanto era agredida com tapas no rosto, o trio levava os jornais. Nenhum outro pertence dela foi roubado.

Após os homens terem deixado o local, Monize telefonou para o marido e foi caminhando até a pista. Lá, um tempo depois, o marido a encontrou.

Da estrada, seguiram para a polícia e depois, a um posto de saúde da cidade. Segundo Monize, seu braço esquerdo ficou com marcas roxas.

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