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Menino com 26 dedos aguarda cirurgia e diz sonhar com chuteiras em Goiás


Com 26 dedos nos pés e mãos, o garoto V.S.S., 8, de Abadia de Goiás (24 km de Goiânia), aguarda uma cirurgia reparadora para poder calçar sapatos e ganhar uma chuteira de futebol. Devido à polidactilia, alteração genética que aumenta o número de dedos, ele só consegue usar chinelos.

Com esperança de realizar a cirurgia ainda neste ano, V. conta que um dos sonhos é jogar futebol na linha, como lateral esquerdo. Hoje, ele joga apenas no gol porque tem dificuldades de chutar a bola. O garoto possui seis dedos em cada uma das mãos, e sete em cada pé. Os dedões nos dois pés são grudados.

De família carente, o garoto mora na cidade do interior com a bisavó Francisca Rosa Soares, 73. Ela afirma que a família está ansiosa pela cirurgia, que é uma luta desde o primeiro ano de vida do neto.

O enfermeiro Silfarney Gomes, que acompanha o caso de V. há quase três anos, diz que a cirurgia do garoto está autorizada pelo SUS e deve ser realizada no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia. Ele conta que o garoto já passou por várias unidades de saúde e nunca teve o atendimento adequado porque os médicos já dispensavam o caso antes mesmo de avaliá-lo.



“Como se trata de um procedimento de alta complexidade, quando os médicos viam o caso já dispensavam logo, dizendo que não era a área deles. Fiquei indignado com a situação, resolvi pesquisar até descobrir onde ele poderia ser atendido”, afirma o enfermeiro.

Deficit de crescimento
Após pesquisas e conversar com outros profissionais de saúde, Gomes diz que chegou até ao Crer, para onde enviou, no começo do ano, o último encaminhamento solicitando a cirurgia do menino.

Segundo ele, as respostas começaram a aparecer no hospital. “O menino já passou por cinco atendimentos, e a cirurgia está autorizada, mas ainda não foi agendada devido à demanda reprimida que a unidade acumulou após a greve dos médicos anestesistas. Mas estamos todos confiantes de que a situação se resolver o mais rápido possível.”

O enfermeiro disse que, além da polidactilia, V. também possui deficit de crescimento. Gomes diz que hoje o garoto tem estatura de uma criança de cinco anos, e devido à anomalia nos dedos não pode fazer o tratamento para o crescimento.

“Primeiro, ele precisa da cirurgia para a situação dos dedos não se agravar mais. Por meio da assessoria de imprensa, o Crer informou que aguarda o envio do documento autorizando o procedimento para agendar a cirurgia do menino.

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