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Pediatra foi assassinada por "vingança", diz colega de trabalho


Colegas de trabalho da pediatra Sônia Maria Santanna Stender, 61, assassinada com três tiros na manhã de domingo (16) quando deixava o plantão no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio, disseram acreditar que a médica foi morta por "vingança" já que nenhum objeto pessoal dela foi roubado. O corpo da vítima foi enterrado na tarde desta segunda-feira, por volta das 14h45, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul da cidade.

Segundo colegas que preferiram não se identificar, o pai de um paciente havia discutido com Sônia Stender na noite anterior ao crime. Ele teria fotografado a médica e dito que aquele seria seu último plantão.

Enfermeiros e médicos denunciaram a falta de segurança no Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde a vítima trabalhava. Eles afirmam que as ameaças contra profissionais são frequentes na unidade.

"As ameaças são frequentes no Hospital Getúlio Vargas e a culpa é do governo. As pessoas entram lá armadas porque não existe revista. Trabalho lá há 15 anos e vejo isso acontecer sempre", lamentou uma enfermeira emocionada durante o enterro da amiga.



Os funcionários do hospital ainda relataram que o caso mais recente de violência envolveu um ortopedista que levou um soco de um paciente porque não tinha gesso. Outro caso aconteceu há cerca de quatro anos quando um homem fez um boletim médico para entrar na unidade e matar um paciente.

"Às vezes, ficamos dentro de um centro cirúrgico durante 12 horas para depois o paciente ser morto dentro do hospital", disse a enfermeira, que trabalha no setor.

Os médicos contam que antes da instalação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) nos Complexos da Penha e do Alemão a frequência de homens armados no hospital era maior. Eles lamentam, porém, que ainda se sentem inseguros no local.

"Quem não fica apreensivo agora? A gente não tem segurança nenhuma", disse um médico à Folha, acrescentando ainda que a pediatra era tranquila, uma excelente profissional e não tinha problemas com pacientes. Sônia Stender trabalhava havia 30 anos no Getúlio Vargas.

O delegado titular da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, que investiga o caso, esteve no velório para conversar com parentes da vítima, mas não quis dar entrevista.

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